domingo, 11 de dezembro de 2011

Trocando cilindro mestre do freio do Focus 1.6 sem abs

Logo após meu pai comprar o Focus fiz eu mesmo em casa a troca do fluído de freio mas cometi um erro básico: abri o sangrador de uma das rodas e tentando acelerar o processo pressionei o pedal do freio até o fim para que o fluído velo o saísse mas isso não é recomendado pois podem haver detritos e até ferrugem no fundo do cilindro mestre e em condições normais o pistão se movimenta muito pouco e não encosta nesses detritos.
Na semana seguinte meu pai reclamou que eventualmente o pedal do freio só fazia efeito se ele pisasse até o fundo, sangriei os freios novamente achando que fosse ar no sistema mas não resolveu.
Fiz o teste de pisar no freio com força e segurar por um tempo e notei que o pedal ia baixando devagarinho até encostar no fundo, então condenei o cilindro mestre.
Consegui o cilindro da mesma marca de linha de fábrica, ATE, por 150 reais e a chave estrela específica para soltar as porcas do sistema de freios por 20 reais.
O procedimento é praticamente o mesmo em todos os carros sem ABS, no Focus só precisamos liberar espaço para chegar ao cilindro mestre que vai preso no hidrovácuo.
Primeiramente abrimos o reservatório do líquido de freio e com uma seringa retiramos o fluído velho por cima para diminuirmos as chances de que as sujeiras existentes desçam para o sistema e soltamos os dois parafusos que prendem o reservatório do líquido de freio e um parafuso do lado esquerdo da caixa de fusíveis com uma chave 7mm. Para soltar a caixa de fusíveis completamente é só liberar as duas travas do lado direito e puxá-la para cima. Puxe a caixa do filtro de ar para cima que ela sairá então deite a caixa de fusíveis aode estava a caixa do filtro de ar antes e você verá o cilindro mestre.
Retirando fluído "antigo"com uma seringa. Na verdade está novinho ainda, quando está velho geralmente fica escuro.

Cofre do motor do Focus 1.6: Reservatório do fluído de freio, caixa de fusíveis do lado direito, caixa do filtro de ar embaixo e bateria. Em cima da bateria a chave específica para se mexer no circuito de freio.

Com a chave específica para isso solte os niples dos conduíteis do freio, não use chave de boca pois você corre o risco de espanar o niple de um circuito e para resolver só trocando tudo. Não invente também de usar uma chave estrela cortada por você mesmo com a esmerilhada pois ela não terá os reforços que a outra chave específica possui.
Cilindro mestre do Focus GL 1.6 sem ABS montado no hidrovácuo

Use uma chave 13 para soltar as porcas que prendem o cilindro mestre ao hidrovácuo e com ele em mãos solte o pequeno reservatórios que é apenas encaixado nele, basta puxá-lo, e para soltar a mangueira aperte o conector na lateral do plugue e puxe-o. Aproveite e lave o reservatório com alcool. Verifiquei a seção do cilindro mestre ruim onde vai encaixado esse reservatório e havia bastante sujeira, provavelmente pedaços dos retentores que esfarelaram devido à deficiência de manutenção e/ou porque eu apertei o pedal do freio até o fundo com o sangrador aberto.
Muita sujeira nos canais do cilindro mestre antigo

Existem ainda 2 conduítes do lado direito do cilindro mestre original, com uma chave de boca 22 você tira eles e cloca no cilindro mestre novo.
Faça o processo inverso para instalar o cilindro mestre novo, só antes de prender o cilindro mestre no hidrovácuo ponteie os niples dos conduítes de freio nas devidas sedes do cilindro mestre, assim você tem mais flexibilidade e não corre o risco de quebrar alguns dos conduítes do carro.
Visãodo cilindro mestre novinho

Quando terminar de montar tudo o próximo passo é colocar o fluído de freio novo e sangrar o sistema para retirar as bolhas de ar, apoiando o carro em cavaletes para entrar embaixo dele e começando pelas rodas dianteiras pois o sistema é mais curto e sangra mais rápidamente.
Levantei o Focus com macaco do Uno que é mais fácil de usar e coloquei nos cavaletes.
  
Para quem não sabe o processo de sangramento consiste em ir de roda em roda, abrindo o sangrador (no Focus na dianteira você usa uma chave estrela 9 e na traseira uma chave estrela onde, no Uno em ambas se usa a chave 10) que existe no sistema de freio e deixando o líquido de freio escorrer até que saia somente líquido novo e não saiam mais bolhas do sistema e tomando cuidando para não deixar o reservatório do líquido de freio secar senão entra ar no sistema e será necessário sangrar tudo de novo. Para observar as bolhas e ter certeza que pararam de aparecer conecte um tubinho transparente onde você consiga observar o líquido saindo.
No fim deu tudo certo, dei umas voltas na quadra e o carro está freiando perfeitamente.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Mistérios elétricos

Sempre digo que a eletricidade é muito interessante mas muito sacana também pois cansei de passar por situações onde um simples mal contato ou um leve curto causavam um problema difícil de resolver e que não fazia sentido, e de um tempo pra cá comecei a enfrentar um deles no meu Uno.
Na verdade o Uno até 2003 possui um sistema elétrico nas lanternas traseiras simples e econômico: uma placa de circuito é montada na horizontal do corpo da lanterna, as lâmpadas são encaixadas na vertical e a lente da lanterna é apenas encaixada e toda essa economia da Fiat traz várias dores de cabeça, começando pela disposição vertical das lâmpadas sobre a superfície lisa do corpo da lanterna que prejudica a eficiência da iluminação.

Circuito das lâmpadas da lanterna traseira do Uno 84 à 03

A placa de circuito traseira não possui muitos apoios, o principal é feito pelos próprios pinos da conexão elétrica e o resto é a própria pressão da lente da lanterna sobre essa placa, mesmo assim existem folgas que ocasionam mals contatos e lâmpadas queimadas. A lente das lanternas é só encaixada o que permite que entre pó e água e volta ou que um proprietário de Uno encontre o seu sem as lentes, pois com uma chave de fenda ou até mesmo uma faca de cozinha qualquer consegue removê-las...
Pois bem a cerca de um mês o pisca traseiro esquero do meu Uno começou a falhar, mas acostumados aos mal contatos do Uno não me preocupei muito até ontem na saída do trabalho pisei no freio e o pisca acendeu também, indicando um curto no sistema. Parei na casa de um amigo e antes de caminharmos resolvi verificar a lanterna traseira esquerda, imaginei que fosse só o fio da luz extra de freio que adaptei que havia se soltado e ocasionado o curto, mas não era, montei a lanterna e o problema persistiu então deixei para ver melhor em casa.
Analisei muito até que cheguei à conclusão que eram os conectores do circuito da lanterna que estavam muito longos e quando eu encaixava a lanterna até o final causavam o curto, e com um alicate de corte podei a ponta dos conectores, o que aparentemente resolveu.

Conectores do circuito da lanterna após meu trabalho de "poda"

Mas hoje ao sair do trabalho novamente sem pisca, deixei para ver em casa com calma pois não teria caminhada porque já havia caído um temporal em Porto Alegre, certamente o parque da redenção onde caminhamos estaria um barraçal e as nuvens indicavam que ainda choveria mais.
Em casa a primeira coisa que fiz ao chegar e após cumprimentar meus pais e minha filha de 4 patas, a Panda, foi desmontar a lanterna e comecei a testar de novo, e o problema de ocorrer o curto quando eu forçava o circuito contra a lanterna retornou então me lembrei que muitas tintas metálicas possuem partículas de metais na composição, então peguei um pano, embebedei com thinner, coloquei na ponta de uma chave de fenda e limpei a fresta por onde passam os conectores do circuito das lâmpadas.

Detalhe da lanterna sem a lente
O retângulo no centro é a fresta onde passam os conectores do circuito

Não tirei foto de como estava antes, mas o que aconteceu é que originalmente essa lanterna era preta, em 2001 a Fiat passou a pintá-la de prata e ano passado desmontei e passei spray cromado, com o tempo e a vibração os conectores rasparam a tinta e ficaram os pedacinhos metálicos que causavam os meus problemas, questão resolvida, mesmo forçando o circuito contra o suporte não ocorreram mais curtos.
Maldita eletricidade!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A busca acabou

Conforme eu havia postado anteriormente eu estava em busca de um Fiesta Sedan 1.6 para meus pais e em uma dessas buscas fui conferir um modelo 2007 vermelho com 60 mil km rodados que um amigo me avisou que estava no Auto Classic e cheguei lá e conferi que as fotos não mentiam pois o carro estava impecável mesmo, mas já havia outra pessoa olhando e estava muito interessada então aproveitei e conferi um Ford Focus 1.6 2004 com 80 mil kms rodados impecável, o único porém era a placa do Rio de Janeiro (LCP), mas nada indicava que o carro tivesse passado por alagamento ou levado uma batida forte, e o preço de 23900 reais era tentador e o porta malas era suficiente para mim e meus pais. Conversei com eles em casa, cotei seguro, voltei na loja, andei no carro, deixei sinal e no outro dia fomos buscar o Focus:
Nessas fotos ele já está sem as calotas pois uma sumiu e retiramos todas, mas no próximo final de semana entrarão rodas de liga que ele merece para completar o visual.
Esteticamente sempre achei esse focus muito bem resolvido, o primeiro possuia os piscas nos para choques que eu achava meio perdidos e os faróis de refletor único não valorizavam a frente, já esses de dupla parabóla são muito bons e depois que os regulei ficaram perfeitos, o facho baixo usa H7 e o alto H1. Já o Focus que veio depois sempre achei lindo também mas ficou meio grande demais. Mesmo a traseira desse Focus que divide opiniões sempre me agradou.
Partindo para o interior o acabamento impressiona principalmente quem está acostumado com Uno e ultimamente olhava até Prisma, que com todo respeito com quem tem um mas o acabamento é extremamente simples. Dos painéis de porta, passando pelo painel, porta malas e carpetes tudo é de muito bom gosto, o plástico possui uma textura emborrachada muito macia e todas as peças são bem encaixadas. Existem diversos porta trecos: os básicos nas portas dianteiras, dois porta copos, um nicho para um pequeno celular, um porta caneta, um porta treco mais atrás para uma carteira maior por exemplo, o cinzeiro fica embutido mas quem não fuma pode esconder algo ali e acima aonde seria o computador de bordo existe um nicho emborrachado bom para colocar o controle do portão automático e em cima do painel existe uma seção para colocar algo que possa ficar no sol e à vista do alheio.
Os dois para sóis possuem espelho com cobertura, mas eles poderiam ser mais largos pois quando estão baixados deixam cerca de 6 cm entre ele e o retrovisor interno o que incomoda mais ainda quando o sol está baixo baixo pois falta a faixa degradê no parabrisa. O volante tem regulagem de altura e distância e o banco tem regulagem do encosto por roldana que além de tudo é emborrachada. O único pecado é o tecidos dos bancos que já é um tecido aspero e preto (nos primeiros Focus era veludo). Mas também faltam apoios laterais nos bancos dianteiros pois o carro é bom de curva mas os bancos não te seguram nada.


A visibilidade é muito boa até mesmo para trás pois as lanternas ficam mais nas laterais que propriamente na traseira e os retrovisores são amplos e possuem lente convexa. Neste modelos os vidros e travas eram opcionais na época e este só possui vidros elétricos na dianteira com comando de um toque somente para descer no motorista, podia ter para o passageiro também, para subir não é necessário pois já veio com interface para travamento e fechamentos dos vidros com o acionamento do alarme.
Os cintos dianteiros possuem regulagem de altura e os passageiros traseiros das laterais possuem cintros de 3 pontos retráteis. O banco traseiro possui encostos bipartido mas o assento não é o que limita um pouco as combinações para tranpostar determinadas cargas e mais pessoas ao mesmo tempo.
Abertura elétrica do porta malas também era opcional e este infelizmente não tem, por enquanto só na chave e digo por enquanto pois assim que possível providenciarei a abertura elétrica da mala, só preciso do botão. O porta malas possui 350 litros, quase o mesmo que o Corsa Sedan 97/Classic (390 litros), já possui iluminação e o estepe está lá inócuo, um Firestone Fire Hawk.
O motor Zetec Rocam de 1,6 litro de cilindrada possui 103 cvs na gasolina (Flex só em 2007 mas prefiro assim mesmo), possui ótima faixa de torque pois consegue mover o carro com 1500 rpm sem aparente esforço e se você quer desempenho é só elevar para 2500 rpm que ele se move com mais desenvoltura ainda.
Mesmo com forração termoacústica do capô o barulho do motor é bem presente mas os tuchos de válvulas hidráulicas e corrente para acionamento do comando de válvulas que dispensam regulagens e manutenções periódicas compensame o motor não transmite vibrações.
A embreagem hidráulica é mais alta e pesada do que estou acostumado mas nada demais, o cambio possui ótimos engates e neste Ford onde você senta numa posição alta a "pornográfica"alavanca de câmbio fica bem a mão, diferente do Fiesta Street Sedan que dirigi onde ela era um pouco alta demais.
Outro pecado é o sistema de som de grande qualidade mas que não possui ao menos entrada auxiliar, a central multimídia da Ford ficaria ótimo mas não vejo custo benefício nos 600 reais que pedem nela por aí.
No mais é um ótimo carro, um pão com manteiga como diz meu amigo Luiz, a direção hidráulica com peso correto, volante de ótima pega e acabamento e o ar condicionado completam o pacote mínimo de um veículo que será utilizado nas principais locomoções da família.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

FLAGRA! Novo Palio

Estava eu retornando do almoço pela avenida Nilo Peçanha aqui em Porto Alegre e vi um carro vermelho com uma capa de disfarce no outro lado da via, e agora que loguei na minha máquina e chequei meus e-mails vi que meu amigão Anderson Salles que trabalha aqui pertinho viu e conseguiu tirar umas fotos dos dois carros disfarçados:



Mesmo disfarçados nota-se a semelhança com os modelos apresentados na Grécia a não muito tempo, mas como conhecemos nosso Brasil brasileiro certamente nossos carros não terão o mesmo acabamento.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

E a busca continua!

Todos os dias procuro um substutito para o Uno dos meus pais que agora está comigo, atendendo as premissas de ter um bom espaço interno, motor mais forte que o 1.0, maior porta malas, tenha ar condicionado e direção hidráulica, placa com letra inicial "I" daqui do Rio Grande do Sul e que tenha no máximo 80 mil kms rodados e em uma dessas pesquisas encontrei um Fiesta Sedan Street 1.6 2002 completo até com rodas de liga leve e apenas 60 mil km rodados de um particular, o anúncio era de Pelotas mas mandei uma proposta e o anunciante informou que vinha a negócios para Porto Alegre e me traria o carro para ver no final de semana.
Passado o final de semana e na segunda de tarde ele me ligou informando que não pode falar comigo no final de semana mas me levaria o carro na minha casa no final daquele dia mesmo, então saí uns 15 min antes do trabalho, ancioso já para conferir o tal Fiesta. Cheguei em casa aas 18:45h e a primeira impressão foi muito boa, carro alinhado, liso e com todos detalhes originais, enfim um bom carro se reconhece rápido. Comecei a fazer as análises básica, abrir e fechas todas as portas, conferir vãos e frestas, testei o ar condicionado que gelava que era uma beleza, então parti para o test drive.
O hodômetro marcava apenas 57600 km, segui pelas ruas de paralelepípedo do bairro Jardim Vila Nova aonde moro e o carro seguia firme como todo bom Ford, o motor Zetec Rocam 1.6 que eu havia conferido possuia aditivo do radiador em dia e nenhum restício de vazamento de óleo, apenas bastante poeira, e seus 95 cvs estavam dispostos desde baixas rotações e enfrentavam as ladeiras do meu bairro comigo e meus 110 kg, o dono do carro que aparentava beirar os 100 kg e minha mãezinha no meu lado com seus 75 kg sem nenhuma dificuldade, só a alavanca de cambio que era meio alta demais o que dava a impressão de dificuldade de engates mas elas entravam sempre de boa.
O carro é um ótimo exemplo de pão com manteiga, o painel tem plásticos simples mas bem encaixados e aparentavam resistência, o tecido dos bancos e forros de porta não era veludo mas tinha um toque muito bom, e ah sim os forros de porta me deram uma sensação nostálgica como se estivesse
em um carro dos anos 80, como o próprio Uno que tenho agora, pois ele é completamente reto sem nenhum detalhe circular, aparenta inferioridade se comparado ao hatch, mas eu particularmente gosto de forros de porta com bastante tecido e não somente uma seção minúscula perto do braço como boa parte dos carros atuais, alguns como o Fiesta básico e o Celta não possuem tecido algum nos forros de porta, tremenda pobreza de acabamento.

O espaço interno é nitidamente melhor que o hatch onde eu com meu 1,94m de altura raspava a cabeça no banco de trás e no sedan ainda tinha 1 palmo de distância, e as pernas também agradecem. O porta malas possuia abertura elétrica, tem 400 litros, é todo acarpetado e com luz, bom detalhes, e o carro em questão (não os das fotos, essas peguei da internet) exalava cheiro de novo ao abrir o porta malas e mantinha o estepe inócuo, nunca tinha rodado. O único detalhe negativo era a chapa que há atrás do banco traseiro, nos dois cantos ela estava rachada verticalmente aonde era emendada na estrutura do carro, o que explica alguns grilos que ouvi no carro. E de modo geral essa geração do sedan é bem mais bonita e harmoniosa que o hatch, ele só e esquecido pois foi lançado no Brasil em 2001 (importado do México) e a nova geração do Fiesta foi lançada em 2002 e em 2003 pararam a importação do Street sedan do México e em 2005 surgia o sedan baseado na nova geração agora fabricado no Brasil.
"Fechamos" o negócio naquela segunda feira (semana passada) e ficou combinado que quarta feira o dono do carro realizaria o negócio com meus pais, na terça ele ligou informando que não voltaria a tempo para Porto Alegre e ficou combinado para quinta feira as 9h, nesse dia meus pais o esperaram em casa até as 9:45h e as 10:10h o dono do Fiesta me ligou informando que bateu o retrovisor na garagem, tentou acertar e estava a procura de um novo e após arrumar entraria em contato, e até o momento não se pronunciou mais.
Agora minha mãe viu em fotos e depois ao vivo o interior do Fiesta 2008 e se apaixonou, estou focando minhas buscas nesse carinha agora, mas como tudo depende de dinheiro provavelmente só no final do ano para finalizar minha busca.


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Carro novo ou usado

Quando o assunto é adquirir um carro, claro que o sonho de boa parte da população é ter um carro 0 km, que ninguém foi antes pois isso significa ostentar o poder, mostrar para o outro que você pode, além claro de se sentir mais tranquilo por ter um produto novo que não te deixará na mão nem dará dor de cabeça. Será?
Conheço pessoas que compraram carro 0 km e a dor de cabeça já começa com a história da garantia, que era para ser uma comodidade, pois para não perdê-la as revisões devem ser feitas dentro de um determinado período de tempo ou quilometragem, mas ok não deve ser tão difícil pois algumas coisas são regra mesmo em um carro usado, como trocar o óleo após certa quilometragem, mas agora ouvi dizer que certas fábricas adotaram procedimentos ridículos como trocar o óleo a cada 10 mil km ou a cada 6 meses! Lembro que no manual do meu ex Mille 91 dizia para trocar o óleo a cada 10 mil km ou a cada 1 ano, e o mesmo procedimento é indicado para o meu Uno 2003, então quer dizer que nesse sentido andamos para trás, pois a tecnologia dos motores e óleos agora indica trocar o óleo a cada 6 meses? Com certeza é a empurroterapia em andamento, já que todos sabem que as concessionárias ganham com peças. Outro absurdo é o manual indicar a checagem das pastilhas de freio com 40 mil km (o que se deve fazer é conferir as pastilhas sempre que possível) mas ao agendar a revisão de seu carro, um colega meu ouviu a pessoa do outro lado da linha informar que seria feita a troca das pastilhas, que ninguém conferiu ainda, e elas custam 380 reais mais a mão de obra, um absurdo. De curioso liguei para uma loja de confiança e perguntei o preço das mesmas pastilhas: 80 reais...
Ou seja, se compra um carro zero principalmente para não se perder dinheiro mas de imediato ao sair da concessionária um carro 0 já desvaloriza pelo menos 2 mil reais e depois você tem que arcar com a manutenção pesadíssima, no final vai se gastar muito mais do que se teria gasto se ao invés do carro 0 fosse adquirido um carro usado que conforme a quilometragem só vai dar manutenção com óleos, filtros e pneus que se comprados da mesma marca vendida na concessionária e em um aloja de confiança e com o auxílio de um mecânico de confiança dariam um gasto muito inferior ao de um carro zero, sem falar de IPVA menor e sem taxas de juros se o veículo foi comprado a vista ou em parcelas menores.
Fato é que mesmo um carro zero em algum momento dará manutenção, pois itens como pneus, pastilhas, lonas, embreagem e bateria se desgastam e em algum momento será necessário trocá-los, a única maneira de driblar isso seria comprar um novo carro zero quando o atual atingir cerca de 80 mil km, o que fica inviável para a maioria de nós e mesmo nos EUA e Europa que tem carros muito mais barato que os do nosso "reino"(parodiando o texto do Fabrício Samará) não vejo aqs pessoas fazerem isso, provavelmente porque elas valorizam seu dinheiro e também porque além de o custo de manutenção ser muito mais baixo eles possuem outras coisas mais interessantes na cidade para se entreterem do que mostrar para o vizinho ou parente que "podem"comprar um carro zero.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Dia mundial sem carro

Em países aonde o transporte público realmente é bom e possui um preço justo compreendo o fato de dar maior atenção ao dia de hoje, em agosto último passei 26 dias em Vancouver no Canadá e era impressionante como o transporte público era pontual e organizado.
Fico devendo valores agora pois como fiquei quase um mês lá comprei o passe mensal da zona 1 por 86 dolares. Digo zona 1 pois a cidade era dividida em 3 zonas, como a casa onde fiquei era na zona 1 esse passe era suficiente, caso fosse necessário andar de ônibus, trem ou seabus nas zonas 2 ou 3 era só pagar um adicional de 1,25 dolar para a zona 2 ou 2,5 dolares para a zona 3. Esse adicional durava durante 1 hora, e após as 18h todas as zonas eram 1, nos finais de semana o passe da zona 1 valia para todas as zonas e você ainda podia levar uma pessoa da família consigo.
Nos ônibus não havia roleta, apenas um cofre do lado do motorista onde você depositava o valor da passagem e saía o comprovamente de pagamento que valia por uma hora para usar em outro ônibus, trem ou seabus, mas esse cofre não dava troco. No meu caso que tinha o passe mensal era só mostrá-lo para o motorista e se dirigir ao fundo do ônibus.
Nas estações de trem também nada de roleta, era só entrar no trem que era automático, nada de condutor. Nas estações de trem sempre haviam terminais onde você poderia adquirir os passes ou adicionar o valor necessário para ter acesso à zona 2 ou 3 caso seu passe mensal fosse da zona inferior, e a vantagem é que esses terminais davam troco. A diferença é que no trem as vezes a polícia entrava nos vagões e questionava todos os passageiros sobre os tickets e na única vez que isso aconteceu todos no vagão tinham o ticket. Fora isso imagine um transporte público pontual e onde todos os veículos possuiam aquecimento, essencial numa região onde no inverno eventualmente neva e a temperatura sempre é em torno de 0 graus.
Com certeza é outra realidade mas o pior é pensar que o Brasil tem toda capacidade para ser no mínimo igual, mas nossos governantes só pensam nos interesses de seus amigos empresários que ajudarão à encher ainda mais seus bolsos com nosso dinheiro, é vergonhoso pensar que aqui na grande Porto Alegre a implantação de um ônibus aquático para ligar as cidades de Guaíba e Porto Alegre é tratado como algo complexo e não tão importante (na verdade o dono da empresa de ônibus da cidade de Guaíba é um politico...) e em Vancouver é algo que existe a 30 anos...
Pelos menos aqui em Porto Alegre não vi campanha do dia sem carro, mas é ridículo ver jornalistas e governantes incentivarem o uso do transporte público mas não deixam de usar seus carros.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Renault Logan



Fazem uns 3 meses estou usando somente meu Uno nas locomoções aqui em Porto Alegre, pois minha mãe, minha sogra e minha namorada (principalmente esta) não ficavam tranquilas quando eu saia de moto, diziam que era perigoso pois eu era o para choque e não dependia de mim e sim dos outros, e elas tinham razão mas insisti por quase um ano mesmo após me formar e não necessitar ir até a cidade de Canoas na grande Porto Alegre o que implicava enfrentar a BR 116 e seus terríveis congestionaentos, com a moto eu podia sair do trabalho as 18:40h e chegar as 19h na faculdade, de carro eu deveria sair do trabalho as 18h e mesmo assim provavelmente chegar atrasado na faculdade, mas enfim quando o inverno começou eu já ia de carro eventualmente nos dias mais frios (em torno de 5 graus pra menos) e um dia quando eu iria ir de moto para minha namorada minha mãe disse "vai de carro" senti que era hora de largar a moto de vez para a tranquilidade da minha família.
Mas como aqui em casa só há o Uno e meu pai ainda trabalha, ainda que perto e ele não é rico então estou comprando o Uno dele e ajudando-o à encontrar um carro legal para ele e minha mãe, e após as experiências com os dois Unos decidimos que o próximo carro não será 1.0 pois o Uno é um dos últimos remanescentes dos 1.0 que andam bem e como o próximo carro terá ao menos ar condicionado (o Uno não tem e nos dias abafados é insuportável) e direção hidráulica (para minha mãe) o motor terá que ser ao menos 1.3. Meu Uno 2003 foi comprado em 2006 com 32 mil km e nunca incomodou, só manutenção de prache (embreagem, freios, amortecedores, duas baterias, uma válvula termostática, um arqueamento de mola traseira e buchas, pivôs e terminais da suspensão dianteira uma vez) o novo carro não poderia ter muita idade nem kilometragem.
Pesquisando na internet verifiquei interessantes opções de até 30 mil reais que é o dinheiro que meus pais podem investir e consideramos justo para um meio de transporte com essas pretenções e encontrei opções como Celta e Prisma 1.4 (descartados pelo péssimo acabamento e espaço interno apenas razoável para meus 1,94m e os 1,87m de altura do meu pai), Citroen C4 e Peugeot 206 (descartados pela manutenção pesada e interior não muito espaçoso), Corsa Sedan Classic 1.6 (parcialmente descartado pelo espaço interno e projeto antigo), Siena e Palio Weekend (descartados pelo espaço interno apenas razoável, projeto antigo, preço elevado e difusores do ar condicionado muito baixos) e o Renault Logan que é o candidato da vez por oferecer um ótimo custo benefício pois com 26 mil reais se encontra facilmente um modelo 2008 1.6 8 válvulas completo e que oferece um incrível espaço interno e ótimo porta malas.
Eu particularmente sou fã de carros hatch e não creio que teria um Logan mas principalmente depois que sentei no branco traseiro de um onde o banco dianteiro estava completamente recuado e mal encostava nos meus joelhos senti que era o carro certo para a outra vaga da garagem aqui de casa, quer dizer, da cobertura que existe aqui e estou ampliando para colocar o outro carro e assim que possível tirarei fotos para mostrar o processo que eu mesmo estou fazendo, e assim que o companheiro do Uno chegar atualizarei vocês também.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Madrastra superprotetora

Durante o meu café da manhã tive o desprazer de ver que o ministro Guido Mantega decidou aumentar em 30% o IPI dos carros que vem de fora do Mercosul e que não possuam ao menos 65% de componentes nacionalizados, entre outros requisitos, na verdade serão 11 requisitos e os importadores terão que contemplar ao menos 6 desses 11. Entendo que o setor automobilístico é um dos principais empregadores em qualquer país, mas é conhecido que os carros no Brasil possuem preços superfaturados e que as montadoras nacionais já apareceram com promoções reduzindo até 4 mil reais no valor de determinados modelos então esta medida é desnecessária e nos afasta a esperança que estava cada mais próxima de possuirmos carros com preço mais condizente e quem sabe uma renovação com modelos mais modernos e evoluídos. Chega a ser engraçada também tamanha preopação com indústrias que mandam os lucros para matrizes em outros países. Por outro lado as fábricas "nacionais" se comprometeram à agregar mais tecnologia nos veículos que não sofreram o aumento de IPI, e esperamos que nossos governantes mantenham o compromisso de fiscalizar se as fábricas estão se comprometendo em melhorar seus produtos conforme acordaram.
É por isso que apesar de não indicar produtos chineses para ninguém por um lado (e por enquanto) por outro espero que os carros chineses façam sucesso e que logo ninguém mais tenha receio da qualidade deles (inclusive eu) pois é a concorrência que derruba os preços, concorrência é saudável em todos os ramos do mercado e sempre levou o ser humano à evoluir, se especializar, buscar novas soluções e conhecer melhor seus alvos, mas o consumidor precisa também aprender à comprar racionalmente e não impulssivamente, paciência é a chave de tudo, se você souber esperar para dquirir um bem poderá pesquisar mais e juntar mais dinheiro, vejo pessoas pagando 10 mil de juros para comprar um carro de 20 mil reais em 4 anos porque não pode esperar pouco mais de 2 anos para acumular o dinheiro, comprar à vista e não entregar 10 mil reais de lambuja para o banco, e é fato que todos reclamam do valor do carro 0 km brasileiro mas a cada ano as vendas só aumentam, então é mais do que na hora do consumidor (e do povo) parar de reclamar e começar a agir, reclamar mais e se organizar mais nos seus gastos e compras, a ordem agora é: se eu não comprar isso agora, vou morrer? Se não, posso esperar e salvar o dinheiro, que não foi fácil de adquirir mas é fácil de gastar.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Meu carro

Conforme mencionei no post anterior meu carro é um Uno Mille Fire 2003 4 portas prata bari. O motor rende 55 cvs á 5500 rpm e 8,5 kgf de torque de 2500 a 4250 rpm, sendo que segundo a Fiat 90% do torque já está disponível a 1400 rpm, uma características dos motores de duas válvulas por cilindro e subquadrados, que possuem ótimo rendimento nas arrancadas mas após 4 mil rpm o motor permanece constante, aliado ao peso pena de 825 kg em ordem de marcha do Uno 4 portas resulta em grande agilidade no transito urbano e grande economia de combustível, muitas vezes sou questionado pelos meus colegas e amigos se o carro realmente é 1.0.
Este Uno já se tornou minha marca registrada, não só pelo vasto conhecimento que possuo em carros e principalmente sobre a família Uno, mas principalmente pelos upgrades que realizei no meu carro e o deixaram de carro de verdade principalmente no interior: coloquei os acabamentos internos das colunas e portas que saiam nos Unos, Prêmios e Elbas que escondem as chapas dos painéis de porta e carroceria, coloquei o painel do Palio 1.6 16V 96, luz no porta luvas e porta malas, encostos de cabeça no banco traseiro, cintos traseiros retráteis e cobertura do porta malas, e sim eu mesmo que instalei tudo.
Olhando os detalheis do meu Uno lembro que nos acabamentos das colunas e portas gastei menos de 100 reais o que já melhorou muito a aparência interna , dinheiro esse que a Fiat amortizaria ainda mais na linha de produção se aplicasse ao Mille ao menos como opcional como ela fazia antes com o Palio Fire e agora virou item de série, mas com certeza o Mille roubaria muitas vendas do Palio o que não é o objetivo da Fiat, que ainda por cima vende o Mille descaradamente por 23 mil reais sendo que seu projeto está pago à muito tempo, ele poderia custar muito bem os mesmos 13 mils reais da época que ganhou o motor Fire no início de 2002.
Mas então por que comprar o Mille ao invés do Palio que custa praticamente a mesma coisa? Ouvi essa pergunta diversas vezes quando meu pai decidiu trocar o Mille 91 por esse Fire que agora é meu, e os motivos expliquei no início deste post, o desempenho e economia do Uno são bastante superiores, e outro fator que influênciou muito foi o espaço interno pois tenho 1,94m de altura, meu pai tem 1,82m de altura e minha mãe 1,70m além é claro de possuir simpatia ao Uno pois o noss anterior foi um Mille 91 de 48 cvs, branco duas portas que não tinha nada mas praticamente não incomodou mas o motor estava ruim e somente duas portas e o carburador não eram suficientes para a família.
Muitos que gostam de carros torcerão o nariz par ao meu blog pois tenho um Fiat Uno, mas os verdadeiros entusiastas se identificarão comigo, entenderão que gosto do Fiat Uno pois ele atende minhas necessidades e claro porque cabe no meu bolso, mas com certeza quando eu trocar de carro procurarei um com motor mais potente e com ar condicionado, pois o Uno é um dos últimos 1.0 que ainda possuem desempenho adequado. Se eu tivesse dinheiro hoje com certeza teria um Polo 1.6 que acho lindo e muito bem acabado, mas o complica mesmo é o seguro que pelo o que andei vendo é bem pesado (2500 reais contra 1300 do Uno).
Abaixo seguem as fotos do meu Uno 2003 adquirido pelo meu pai em 2006, ele possui vidros e travas elétricas, ar quente e limpador e desembaçador traseiros:






quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Tudo tem uma primeira vez

Sou Ricardo Trindade Brankowski, tenho 25 anos, moro em Porto Alegre - RS, formado em administração pra Universidade Luterana do Brasil de Canoas na grande Porto Alegre, Rio Grande do Sul e como um verdadeiro entusiasta de tudo que tem motores e eletrônica, mais especificamente carros e motos, sempre gostei de expressar minha opinião, discutir e debater sobre tudo que envolve motos e carros, mas não simplesmente qual carro é o melhor, mais potente ou mais legal, sou imparcial e vejo carro e motos como meios de transportes que devem ser confiáveis, seguros e principalmente satisfazer sou dono. Já que eu gosto tanto de debater sobre veículos automotivos decidi iniciar esse blog.
Infelizmente não trabalho no ramo automotivo, na verdade sou analista de suporte na empresa Neogrid Software que fornece soluções de negócio envolvendo EDI, é muito legal, interessante e cansativo, mas enfim sempre que possível faço eu mesmo as manutenções do meu Uno Mille Fire ano 2003 ou da minha Honda XR 200R ano 2000, e assim que possível vou comprar um compressor de pintura pois gosto muito de pintura automotiva e quando eu tiver experiência e estrutura vou começar à oferecer pequenos serviços de reparo e ir exapandido até construir meeu próprio negócio. Gosto muito também de realizar reparos em casa, então além das minhas experiências automotivas compartilharei com vocês os serviços de pintura, elétrica, hidráulica e alvenaria que realizo aqui na minha casa.
Atualmente utilizo o Uno nos meus deslocamentos desde da minha casa onde vivo com meus pais na zona sul de Porto Alegre até meu trabalho quase na zona norte, um percurso de 15 km de ida mais 15 km de volta e também para minha namorada na zona norte, um pouco mais demorado pois são 21 km da minha casa até a dela. Antes eu utilizava a XR mas minha namorada, minha mãe e minha sogra ficavam apreensivas então nos ultimos 4 meses só tenho utilizado o Uno e a XR está à venda pois não tenho perspectivas de utiliza-la tão cedo.
Durante o mês de agosto passei minhas férias na cidade Vancouver, no Canadá, foram 26 dias estudando e curtindo, tenho muitas fotos e histórias que compartilharei aqui assim que possível.
Para finalizar recomendo que acompanhem o Auto Entusiastas que é o blog que me inspira e sempre dedico alguns minutos de boa leitura.
Um grande abraço à todos e não percam as próximas postagens.